Entendi o quadro que você descreveu — vamos analisar com calma:

• Ferritina de 400 ng/mL com ferro sérico de 70 µg/dL pode indicar algumas possibilidades:

• Um processo inflamatório crônico leve (a ferritina é uma proteína de fase aguda, aumenta na inflamação).

• Ou pode ser apenas uma hiperferritinemia metabólica (ligada a idade, sobrecarga leve de ferro ou resistência inflamatória subclínica).

• Como o ferro sérico está normal (nem baixo, nem muito alto) e a glicose/triglicerídeos estão ótimos, não há sinais de síndrome metabólica grave.

• Homocisteína: é um bom exame para risco cardiovascular e função metabólica, mas não é marcador direto de inflamação.

• Um exame mais direto para confirmar inflamação seria dosar PCR ultrasensível (PCR-us) e/ou VHS (velocidade de hemossedimentação). Também podemos usar IL-6 ou fibrinogênio em casos mais detalhados.

• Suplementação:

• Zinco: Sim, ajuda a modular o sistema imune e a controlar inflamação discreta.

• Complexo B (especialmente B6, B9 e B12): Ajuda no metabolismo da homocisteína (prevenção cardiovascular) e na regeneração celular.

• Vitamina C: Antioxidante direto, reduz ferritina inflamatória.

• Vitamina D3: Fundamental para regulação imunológica e anti-inflamatória (ideal manter >40 ng/mL).

• Magnésio (trio de formas: dimalato, glicina, treonato, por exemplo): Anti-inflamatório, relaxante endotelial, melhora do metabolismo energético.

Ou seja, sim, essa suplementação pode ajudar muito como suporte preventivo, ainda mais com histórico familiar de infarto.

Sugestão prática de exames complementares:

• PCR-ultrasensível

• VHS

• Perfil lipídico completo (já deve ter feito, mas só para fechar)

• Homocisteína (por segurança cardiovascular)

• Ferritina em repetição depois de 3 meses

• Transferrina e saturação de transferrina (se quiser ver o metabolismo do ferro mais de perto)

• Glicemia de jejum + insulina (para HOMA-IR)

• Vitamina D (25-OH D3)

• Zinco sérico